terça-feira, 17 de maio de 2011

10º Encontro de Educadores, 9ª Semana Pedagógica e 7º Encontro de Educadores da Região Centro-Oeste na cidade de São Gabriel do Oeste – MS.

No último final de semana, entre os dias 12 e 14 de maio, professores da Escola municipal São Sebastião (Aparecido de souza, Arnaldo Benevides, Maria Ângela e Denise) participaram do 10º Encontro de Educadores, 9ª Semana Pedagógica e 7º Encontro de Educadores da Região Centro-Oeste na cidade de São Gabriel do Oeste – MS.
            Os conferencistas do evento destacaram pontos fundamentais para a excelência na arte de ensinar e  para obtenção de resultados qualitativos na área da Educação.
            O Professor Dr. Arquilau Moreira Romão (atualmente diretor da Consultoria Pedagógica “Tantas Palavras”) destacou que o educar é um ato político, sendo assim, é necessário educar para a cidadania, pois precisamos de alunos livres, emancipados, pois “a educação é a troca dos dois lados e ela acontece em todos os lugares”.
            Para que a Educação aconteça é necessário que o Educador esteja animado, entusiasmado (cheio de Deus), pronto para aprender, seja companheiro (aprenda a partilhar o pão do saber).
            Romão afirma ainda que “a escola não existe para ensinar as respostas, mas sim para ensinar as perguntas, pois a imaginação é mais importante que o conhecimento”, por isso, precisamos incitar o novo, a criatividade. “O bom professor deve embebedar da literatura e da ficção”.
            Para Romão, a educação tem que ser ética e estética, o aluno tem que ser capaz de fazer teatro, música, dança, zelar pelo meio ambiente, etc.
            A Professora Dra Zita Lago destacou a vontade do  que querer fazer, é preciso que esse “ponto” exista dentro de cada educador, pois “sem vontade as coisas não acontecem”. “O que nos move é a condução humana para trabalhar com a condução humana”, a curiosidade e a vontade são capazes de projetar o conhecimento e o crescimento.
            Desde que o homem é homem vive em busca do saber e isso “passa pela ação docente”. Para que tal saber aconteça, “precisamos pensar nos recursos disponíveis para tal”.
            “Hoje, temos alunos de outra natureza”, daí a necessidade de “novos paradigmas: pedagógicos, ambientais, culturais, jurídicos, educacionais”.
            É preciso trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda. “A melhor formação é aquela que desacomoda”, precisamos sair da desacomodação e ir para o lugar da possibilidades”, sem ter medo do novo.
            Lago afirma que o paradigma científico dominante era o tradicionalismo e hoje, estamos no momento de transição, onde começa a surgir o paradigma emergente, “aquele que pensa o futuro”, aquele que leva os alunos a dialogar o real, dando sentidos, significados e possibilidades de aplicabilidade.
            Segundo Lago, o paradigma emergente é desafiador, é feito de um constante processo de busca (desacomodação). “O homem é um ser inacabado e deve buscar sempre mais”, não deve ter medo de aceitar o diferente.
            “Quando não há união, todos perdem, inclusive as penas”.
            Para o Professor Dr. Max Haetinger, a escola é lugar de transmissão cultural, transformação e construção e “construir é respeitar o trânsito das pessoas”. “A educação é um processo vivo”.
            Com as novas tecnologias observamos muitos professores intencionados, porém perdidos. Estamos passando por um momento de transição, onde vivenciamos “a morte dos velhos valores e o os novos valores ainda não apareceram”.
            Haetinger afirma que o foco da nossa formação tem que ser a formação dos alunos. Se não trabalharmos pela formação, estamos sujeitos à indisciplina, violência e bullying. Precisamos construir juntos a escola da formação e a utilizar as tecnologias no tempo presente.
            Segundo Haetinger, precisamos ter a cara de uma criança sapeca e arteira, pois o norte do século é a curiosidade. É necessário ser curioso, ser criativo, ir além, pois começo a ser curioso quando começo a aprender com meus companheiros.
            Haetinger afirma que vivemos uma mistura do mundo virtual (blogs, sites, telefone, MSN, skipe, modelos EAD) e do mundo real (dentro e fora dos espaços escolares) e que “o maior desafio do educador é ampliar o tamanho da sala de aula e ampliar a capacidade das relações”.
            Haetinger cita os atores do desafio da Educação: a diversidade, interatividade, ambiente madiaico, atuação em rede e o novo pensar. “O que vale é a cultura do presente, ainda estamos na cultura do passado”. Nesse contexto, o professor assume a função de mediador, passa a ser a ponte entre o aluno e o conhecimento, isso é a mediação.
            Haetinger finaliza sua contribuição afirmando que “a máquina oferece muitas possibilidades, a limitação é da gente”e educar é tudo pra melhorar o mundo que a gente tem”.
            “Não precisamos mudar, mas se a gente mudar as nossas crianças agradecem”.